O deputado Sinésio Campos (PT) manifestou preocupação com o novo horário decretado pelo Governo do Estado para funcionamento do comércio da Feira do Produtor, localizada na Zona Leste da cidade. O decreto, que entrou em vigor nessa segunda-feira (25), determina que as feiras no Estado devem funcionar, para atendimento ao consumidor, no horário de 4h às 10h. Os feirantes afirmam que estão sendo prejudicados com o novo decreto, que restringiu drasticamente o horário de venda. A categoria realizou uma manifestação de protesto na manhã desta terça-feira (26) contra a decisão governamental.
O deputado Sinésio Campos apresentou a manifestação em pronunciamento na manhã desta terça-feira (26), durante a Sessão extraordinária realizada, em plataforma virtual, pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O parlamentar, que esteve em visita à Feira do Produtor, ouvindo as reivindicações dos comerciantes, explicou que a medida está causando prejuízos com a perda de produtos, que estão sendo jogados no lixo, além de forçar a demissão de funcionários. Os comerciantes reivindicam horário de funcionamento similar ao dos supermercados que vai das 8h às 19h. Mas, com alteração para 4h às 15h.
Contudo, o deputado Sinésio Campos alerta que o problema maior está no aumento da aglomeração em decorrência da redução de horário. “A Feira do Produtor abastece boa parte de estabelecimentos da cidade, além da população. Com a redução do horário, todos se dirigem ao local praticamente ao mesmo tempo para fazerem as compras. Isso significa que a mudança, em vez de evitar, aumentou o risco de contaminação”.
O parlamentar, contudo, afirmou ser um defensor das medidas e ações para o combate à pandemia de Covid-19, mas entende que a medida de restrição de horário na Feira do Produtor e demais feiras, em Manaus e municípios, traz prejuízos aos produtores e à população, além de aumentar o risco de contaminação. O justo seria igualar ao horário determinado aos supermercados. Pelo menos até às 15h, propõe.
A presidente da Comissão Gestora da Feira do Produtor, Sandra Maria da Silva Oliveira, relatou que como o decreto estabelece o horário de 4h às 8h, a Polícia Militar (PM) fechou a entrada da feira às 7h40, na manhã desta terça-feira, o que provocou a manifestação de protesto dos produtores. Ela justifica o pleito de mudança no decreto pelo fato de que as mercadorias, vindas dos centros produtores, chegam a partir das 15h, para abastecer o dia seguinte. “Como o toque de recolher, determinado também pelo Governo do estado, vai das 19h às 6h, sobram apenas quatro horas para a venda das mercadorias. Isso resulta em encalhe e estrago dos produtos que são perecíveis. Isso é injusto. Pois os grandes supermercados podem funcionar por mais tempo e têm ambiente fechado”, argumentou.