Escola Municipal Themístocles Gadelha realiza encerramento do projeto indígena e afro-brasileira
Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (Eja), da Escola Municipal Professor Themístocles Pinheiro Gadelha, bairro Jorge Teixeira II, zona Leste, participaram do encerramento do projeto interdisciplinar ‘A contribuição da Diversidade Étnica e Cultural na Construção da Identidade Brasileira’, nesta quinta-feira, 21/11. Desenvolvido desde 2014 na escola, o projeto envolveu os 1,3 mil estudantes da unidade de ensino.
O objetivo da ação é conhecer e valorizar a influência dos povos negros e indígenas no processo histórico, econômico e sociocultural na formação do povo brasileiro. Os alunos do 6º e 7º ano trabalharam a cultura indígena. Já os estudantes do 8º e 9º ano, a cultura afro-brasileira, bem como, os alunos da 2ª a 5ª fases da EJA. As atividades pedagógicas foram realizadas com oficinas, visitas técnicas (Museu da Amazônia e Instituto Soka), palestras temáticas, seminários, entre outras atividades.
A programação contou com a apresentação do projeto ‘Diversidade étnica/cultural; beleza afro-brasileira e indígena; relatos de mitos e lendas da Amazônia; vídeo com tema ‘Diversidade brasileira’; palestras temáticas; apresentação de coreografia; visitação às salas temáticas, entre outras atividades.
A diretora da escola, Daniele Santos, disse que o projeto envolve mais de 1,3 mil alunos nos três turnos. Para educadora, foi um trabalho grandioso realizado pelas professoras com as duas temáticas ao longo do ano letivo.
“Esse nosso projeto interdisciplinar visa trabalhar as duas culturas: a indígena e a afro-brasileira. Nosso objetivo é justamente trabalhar a diversidade e o respeito, além de entender a importância dessas culturas para nossa formação. A partir disso, os alunos conseguem entender e valorizar a cultura da nossa região”, explicou.
Com o tema ‘Legislação voltadas para a dinâmica negra”, o professor de geografia da escola, Francisco de Assis Mesquita, disse que é importante que os alunos possam ser multiplicadores na família e com os amigos.
“A importância dos alunos é disseminar todos esses conhecimentos para que eles cheguem e mostrem essa legislação para que não sigam a má índole de julgar as outras pessoas pela cor de sua pele ou pela situação de discriminação religiosa e racial”, disse.
A professora de geografia, Janete Souza, uma das organizadoras do projeto na escola’, destacou o aprendizado e a conscientização dos alunos sobre os dois temas importantes dentro da sociedade.
“Nota-se a mudança de comportamento, a partir do momento que eles percebem como uma pessoa que teve uma origem indígena e africana, que faz parte da história deles mesmos. Com isso, passam a observar a própria família, porque até esse momento era muito fácil o aluno julgar o outro e taxar de índio e negro”, disse.
O aluno do 8º ano, Júlio César Carvalho Oliveira, 13, apresentou na programação do encerramento o projeto ‘Tabuleiro para o ensino da história do Amazonas’, desenvolvido este ano na escola, por meio do Programa Ciência na Escola (PCE).
“A história dos indígenas é até um pouco parecida, porque eles foram escravizados, sendo que os negros por mais tempo, mas isso está mudando. Até temos muitos preconceitos, mas aprendi que não devemos ter esse procedimento, porque eles foram a base e a coluna de nossa história e ajudaram a desenvolver nossa sociedade”, salientou.
Texto: Paulo Rogério
Fotos: Cleomir Santos
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