O “encontro com as origens” fortalece a compreensão sobre as possibilidades de incidência das questões de gênero e raça. São diversos estudos e pesquisas no campo das políticas públicas e nas realidades sociais voltados a este tema.
São mais de 100 milhões de pessoas negras no País, mais de 50 milhões de mulheres pretas e pouquíssimas tiveram condições de estudo e trabalho.
O combate às desigualdades sociais no Brasil tem sido objeto de estudiosos e formuladores de políticas públicas envolvidos no diagnóstico e na execução de medidas para a redução. Entre as múltiplas formas de manifestação dessas desigualdades, o aspecto cor ou raça ocupa espaço central nesse debate, pois envolve, na determinação, pontos relacionados às características do processo de desenvolvimento brasileiro, cuja dinâmica produziu importantes clivagens ao longo da história do País. Como consequência, a inclusão parcial das populações de cor ou raça preta, parda ou indígena no referido processo traduziu-se em maiores níveis de vulnerabilidade econômica e social.
As desigualdades persistem e constata-se que a equidade racial e de gênero estão longe de serem alcançadas. Um Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a renda média da mulher negra é 42% da de um homem branco, por exemplo. Para equiparar as rendas, seriam necessários 80 anos.
O racismo e a discriminação racial afetam diferentes grupos sociais vitimados pelo racismo – para mulheres, para pessoas LGBTIQI+, para homens, para jovens e também para os diferentes grupos que não são negros, mas lutam cotidianamente para o fim do racismo.
Quanto mais próximo do “ideal” de uma sociedade discriminadora como a nossa impõe: de ser branco, homem, heterossexual, residente em zonas urbanas, não ter qualquer deficiência – melhores são suas chances na sociedade. Assim, dá para entender porque a pessoa negra, sendo mulher, enfrenta barreiras nem sempre iguais a que um homem negro enfrenta.
Além de reconhecer a gravidade do problema e de enfrentá-lo com recursos a longo prazo, será preciso que haja uma política de Estado eficaz e o compromisso da sociedade.
Para criar e gerir as políticas públicas de modo eficiente é importante compreender as formas do racismo, saber onde ele está, como atua e seus efeitos sobre as pessoas – lembrando que estas políticas precisam ser eficazes para minimizar os impactos ocasionados seja no âmbito emocional ou nas relações de trabalho, ou seja social.
Desta forma, compreendemos que o papel do legislativo é atuar maciçamente no combate a qualquer forma de discriminação, violência, e Eu como Deputada lutarei pelas políticas públicas voltada aos direitos humanos.
Portanto, temos a responsabilidade de contribuir com a luta dos movimentos sociais contra o racismo e a discriminação racial, que são uma das principais causas de violação de direitos humanos da maioria da população brasileira.
Trabalhamos e continuaremos trabalhando ao lado dos movimentos negro, de mulheres negras, de mães e familiares de vítimas da violência, de quilombolas e indígenas.