A escassez de oxigênio para atender à demanda na rede pública de Saúde do Amazonas, levou os governos do Estado e Federal, a lançarem, nesta quinta-feira, 14, um Plano de Cooperação conjunto para a transferência, inicialmente, de 235 pacientes internados em Manaus, para outros seis estados brasileiros.
“Estamos no momento mais crítico da pandemia. Algo sem precedentes no estado do Amazonas, em que enfrentamos muitas dificuldades em conseguir insumos. A principal dificuldade atualmente tem sido a aquisição de oxigênio”, destacou.
Os pacientes seguirão para hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebser), no Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás e Distrito Federal, e para a rede estadual de saúde de Goiás.
O secretário de Estado da Saúde, Marcellus Campelo, destacou que na noite da última quarta-feira, 13, a empresa fornecedora da maior parte dos gases medicinais à rede pública estadual, oficializou “dificuldades em relação à execução do plano logístico para a entrega de insumos e a alta demanda que vinha ocorrendo” na rede pública de saúde.
De acordo com ele, houve aumento de mais de 160% no consumo, no comparativo dos primeiros dias de janeiro, com o primeiro pico da pandemia, ocorrido entre março e abril, passando de 30 mil metros cúbicos para os atuais 78 mil.
A escassez de oxigênio também levou o estado a protelar a abertura de novos leitos no HUGV (Hospital Universitário Getúlio Vargas) e no Hospital de Campanha da Nilton Lins, cuja reativação estava prevista para os próximos dias.
O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Cel. Luiz Otávio Franco, destacou que o transporte dos pacientes será feito com apoio assistencial de pelo menos duas equipes de saúde, utilizando aeronaves da GOL. “São pacientes que ainda continuam dependente do oxigênio, mas eles têm toda a segurança para serem aerotransportados. É muito importante entender que o paciente do Amazonas que subir na aeronave terá toda a segurança e assistência, com cobertura até de assistentes psicossociais para que não haja falha nenhuma”, garantiu.